23 setembro 2007

Bandeiras preferidas #2, parte 1 de 3

Há cerca de dois anos fiz um post em que listei quais eram as minhas 18 bandeiras preferidas dos países do mundo.

Agora apeteceu-me voltar ao tema das bandeiras e escolhi as minhas 18 bandeiras preferidas de locais onde há movimentos independentistas. Não tenho dúvidas que estas bandeiras são reais, mas não garanto que os movimentos independentistas existentes nestes locais estejam activos, ou que tenham o apoio massivo da população destas regiões.

A lista baseia-se apenas nos meus critérios estéticos, não há nada de político nas escolhas. O que não quer dizer que não possa simpatizar com as pretensões de alguns destes movimentos.

Para não tornar o post excessivamente longo dividi-o em 3 partes.
Para começar, as bandeiras e alguma informação sobre as regiões entre o 18º e o 13º lugar da lista.

#18 - Reino de Lado



Situa-se no centro de África, na região do Nilo Branco (o principal afluente do rio Nilo) e encontra-se principalmente em parte do sul do Sudão, mas também do noroeste do Uganda numa área de 39.000 km2.
No tempo da colonização europeia em África, Lado foi dominado pelo Reino Unido (com domínio da Bélgica entre 1897 e 1910, graças a um acordo entre o Rei Leopoldo da Bélgica e o Reino Unido) até à sua integração no Sudão e Uganda e consequente desaparecimento do Reino de Lado.
O seu líder vive na Dinamarca e é o rei John Bart Agami. As páginas que encontrei com informação sobre o rei de Lado já têm alguns anos e por isso não consigo perceber se ele ainda está vivo ou se ainda continua a tentar obter a independência de Lado. Aparentemente, a 1 de Janeiro de 2000 o rei John Bart Agami declarou a independência de Lado, mas esta não foi reconhecida internacionalmente.

#17 - Ladakh



Fica no "tecto do mundo" no planalto do Tibete, na região indiana de Jammu e Caxemira, numa área alvo de disputas entre a India, o Paquistão e a China.
Tem cerca de 45.000 km2 e 270 mil habitantes. A história de Ladakh é muito influenciada pelo Tibete (de tal forma que o Ladakh também é conhecido por "pequeno Tibete") e a maioria da sua população é de origem tibetana. A fronteira entre o Ladakh e o Tibete foi fechada pela China em 1960.

#16 - Ainu People



Os Ainu encontram-se maioritariamente no norte do Japão nas ilhas de Hokkaido (Japão), mas também nas Ilhas Curilhas e Sacalina (Rússia). Foram reconhecidos como minoria étnica por um tribunal Japonês em 1997. Haverá cerca de 150 mil pessoas de origem Ainu, no entanto por desconhecimento ou medo de racismo nem todos se assumem como Ainu. Têm uma cultura diferente da japonesa e também um idioma próprio (que neste momento se encontra praticamente extinto, com quase todos os 150 mil Ainu a falarem japonês).

#15 - Tibete



O Tibete tem uma longa história de relações tensas com a China. Encontra-se ocupado pela China desde 1950. Em 1959, após o falhanço de uma tentativa de libertação da ocupação chinesa, o Dalai Lama fugiu para o norte da India e instalou em Dharamsala o governo do Tibete. Desde então, o governo tibetano tem procurado ganhar novamente a independência do país, sem qualquer sucesso. Apesar de se notar alguma simpatia pela causa tibetana em muitos países, a verdade é que oficialmente nenhum país do mundo reconhece a independência do Tibete ou a legitimidade do governo do Tibete. Quanto à bandeira, foi uma criação de Thubten Gyatso, o 13º Dalai Lama (o anterior ao actual) e existe desde 1912. É um simbolo independentista e encontra-se proibida na China. E já que este é um blog português, acrescento o detalhe de terem sido portugueses os primeiros europeus a entrar no Tibete, em 1624.

#14 - República da Chuváchia



Fica no centro da parte europeia da Rússia. Ocupa cerca de 18 mil km2 e tem 1,35 milhões de habitantes. A capital é Cheboksary e fica 650km a este de Moscovo. É uma república soberana tendo grande autonomia dentro da Rússia (as divisões administrativas da Rússia são das coisas mais complicadas que há), tem um idioma (a língua Chuvache) e uma cultura próprias, sendo a maioria da população cristã ortodoxa, o que é algo raro nos povos turcos (isto dos povos turcos também é mais complicado do que parece!)

#13 - Rotuma



Rotuma é uma pequena ilha vulcânica de 43km2 e pertence ao Fiji desde 1881. A população de Rotuma é uma minoria étnica distinta do resto da população de Fiji, com caracteristicas que a ligam às populações de Tonga e Samoa, de onde os Rotuman possivelmente serão originários. No entanto, a colonização europeia a partir de finais do século XVIII, tornou dificil a definição exacta dos Rotuman, já que hoje em dia quase todos têm antepassados de origem europeia. Há cerca de 10.000 pessoas de origem Rotuman na população de Fiji e 3.000 vivem na ilha de Rotuma.

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